“O que é importante para o governo, não é fazer coisas que
os indivíduos já fazem e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas é fazer
coisas que actualmente não são feitas.” Não encontro melhor forma de abordar o
problema “Caixa Geral de Depósitos”, se não com uma citação do John M. Keynes.
Colocavam-se dois cenários, privatizar ou continuar na
esfera pública á custa de mais sacrifícios dos Portugueses. Para que queremos
um banco público? Para fazer as transferências dos salários dos funcionários
públicos no final de cada mês? Para propor depósitos á prazo com taxas de juros
que nem cobrem a inflação? Para conceder empréstimos nos mesmos moldes que os
bancos concorrentes?
Para que a Caixa Geral de Depósitos continue a ser do
Estado, e com isso, obrigar os contribuintes a pagar uma vez mais a conta,
penso que não seria pedir de mais, um serviço diferenciado.
Numa altura em que a taxa de poupança dos Portugueses atinge
mínimos históricos, e tendo em perspectiva reformas que nada terão a ver com as
que conhecemos hoje (pelo menos para a minha geração), era de importância fundamental,
a criação de um produto que estimule a poupança das famílias. Com taxas de
remuneração atractivas. Com isso, o próprio banco captaria capital para depois poder
participar nos investimentos das empresas (os empréstimos as empresas são outro
problema que merece uma séria discussão pública), e serviria de subsistema de
reforma em regime de capitalização. Com isso poder-se-ia atenuar os graves problemas
sociais que se adivinham no futuro. Quero com isso dizer, que a minha geração
não está preparada para chegar aos 65 anos (ou 70, quem sabe?) e se aposentar
com um rendimento que não ultrapasse uma pequena fracção do salário que
auferia.
Continuar com um banco igual a tantos outros – não, muito
obrigado Sr. Costa!
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