sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

“O que é importante para o governo, não é fazer coisas que os indivíduos já fazem e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas é fazer coisas que actualmente não são feitas.” Não encontro melhor forma de abordar o problema “Caixa Geral de Depósitos”, se não com uma citação do John M. Keynes.
Colocavam-se dois cenários, privatizar ou continuar na esfera pública á custa de mais sacrifícios dos Portugueses. Para que queremos um banco público? Para fazer as transferências dos salários dos funcionários públicos no final de cada mês? Para propor depósitos á prazo com taxas de juros que nem cobrem a inflação? Para conceder empréstimos nos mesmos moldes que os bancos concorrentes?
Para que a Caixa Geral de Depósitos continue a ser do Estado, e com isso, obrigar os contribuintes a pagar uma vez mais a conta, penso que não seria pedir de mais, um serviço diferenciado.
Numa altura em que a taxa de poupança dos Portugueses atinge mínimos históricos, e tendo em perspectiva reformas que nada terão a ver com as que conhecemos hoje (pelo menos para a minha geração), era de importância fundamental, a criação de um produto que estimule a poupança das famílias. Com taxas de remuneração atractivas. Com isso, o próprio banco captaria capital para depois poder participar nos investimentos das empresas (os empréstimos as empresas são outro problema que merece uma séria discussão pública), e serviria de subsistema de reforma em regime de capitalização. Com isso poder-se-ia atenuar os graves problemas sociais que se adivinham no futuro. Quero com isso dizer, que a minha geração não está preparada para chegar aos 65 anos (ou 70, quem sabe?) e se aposentar com um rendimento que não ultrapasse uma pequena fracção do salário que auferia.

Continuar com um banco igual a tantos outros – não, muito obrigado Sr. Costa!

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