Hoje temos como notícia com honras de primeira página do
Diário Económico – “Câmaras com contas equilibradas podem voltar a contratar”.
Desde 2011, com a entrada da troika em Portugal, os municípios estavam
obrigados a dispensar 2% dos seus funcionários, todos os anos. Essa política
servia para reduzir o número de funcionários, largamente excedentário, que
trabalhavam para a administração local.
A história mostra-nos, que a arma eleitoral mais poderosa,
para um candidato a presidente da câmara em exercício, é a contratação de
pessoal, ganhando desse modo o seu voto e o dos familiares. Com este regresso
ao passado, o governo em ano de eleição, pisca o olho a todos os presidentes em
funções, de modo a obter apoio para a feroz batalha que se avizinha.
Juntando esta medida, com a subida do salário mínimo e das
pensões, no início do próximo ano, temos o mais óbvio populismo possível em ano
eleitoral. Depois de tantos sacrifícios pedidos a uma população fatigada de
tanta austeridade, vem a bonança própria de quem está agarrado ao poder e não
quer perdê-lo a todo o custo, nem que para isso se arruíne novamente um país inteiro.
Será que vamos ser outra vez enganados, com esse modo de fazer política. Ou
pelo contrário, iremos punir de uma forma clara, quem nos ouse enganar dessa
forma quase infantil.
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