A queda do MH17 na passada quinta-feira,
além de ter resultado em quase três centenas de baixas civis, traz-nos a razão pela qual os dois maiores blocos geopolíticos já deixaram de o ser há algum tempo. Com
efeito, tanto os EUA de Obama, como a Europa de Merkel, Cameron e Hollande,
andaram os últimos meses preocupados com os seus problemas domésticos e
deixaram que se arrastasse uma guerrilha no leste da Europa, com a bênção e
ajuda do ditador Putin. Era público que o novo czar andava a largos meses a
prestar ajuda militar e apoio político ao grupo separatista da Crimeia sem que
ninguém (leia-se EUA e Europa) se opusesse, nem que fosse pela via diplomática.
Como podemos ver depois da chacina, as reacções foram tímidas e ainda se
esperam pelos dados conclusivos de um inquérito imparcial que já está morto antes
mesmo de ter nascido, com as principais provas da queda do avião já retiradas.
E assim vai crescendo, à vista de todo o mundo, a força que toda a gente tem medo
de contrariar – a Rússia.
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